Problemáticas
Considerando que o estádio do Morumbi, em São Paulo, comporta aproximadamente 72.039 pessoas, a quantidade de alunos fora das salas de aulas preenche cerca de 69 estádios como esse.Mais de 5,5 milhões de crianças e adolescentes não tiveram atividades escolares em 2020.
As maiores taxas (9,9%) estão na Região Norte do país. O abandono incide mais sobre crianças e adolescentes pardas (2,6%), pretas (2,9%) e indígenas (5,3%) na comparação com brancas (1,4%)
Principais motivos da evasão escolar no Brasil:
Trabalho, falta de interesse e gravidez são os três principais motivos que fazem os jovens de 14 a 29 anos abandonarem as escolas ou não concluírem o ensino médio, de acordo com a Plataforma Juventude, Educação e Trabalho.
– Trabalho: 39,1% dos jovens brasileiros abandonam a escola para trabalhar, seja por pressão dos pais ou iniciativa própria para ajudar a família.
– Falta de interesse: 29,2% dos jovens ouvidos pela pesquisa revelaram não ter interesse em seguir com os estudos.
– Gravidez: 9,9% das jovens deixaram de ir à escola por motivo de gravidez. A gestação é vista nesse contexto como um evento não planejado ou fruto de violência e da ausência da educação sexual.
No Brasil, 12 milhões de jovens (de 17 a 29 anos) não estudam nem trabalham
Fonte: IDados – 2021
Segundo o IDados, até o segundo trimestre de 2021, jovens que não estudam e nem trabalham representava 30% da população de 17 a 29 anos. Isso significa 12,3 milhões de pessoas, número que supera a população da Bélgica.
Com a crise econômica, muitos desses jovens tiveram que parar os estudos por falta de recursos. Além disso, com o mercado de trabalho afetado, os salários, daqueles que conseguem um emprego, é menor do que se estivesse em um momento melhor da economia.
Sendo assim, a crise pune primeiro os mais jovens, que têm menos experiência.
A taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos é de 23% e, para os adolescentes de 14 a 17 é de 39%.
Fonte: IBGE- 2021
Um jovem de 15 a 29 anos é assassinado a cada 17 minutos no Brasil.
Fonte: Atlas da Violência 2021
“São centenas de milhares de indivíduos que não tiveram a chance de concluir sua vida escolar, de construir um caminho profissional, de formar sua própria família ou de serem reconhecidos pelas suas conquistas no contexto social em que vivem”, diz o estudo, que foi feito por meio da parceria entre FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), Ipea (Instituto de Econômica Aplicada) e IJSN (Instituto Jones dos Santos Neves).
No Brasil, 33,1 milhões de pessoas são atingidas pela fome diariamente.
Fonte: PENSSAN – 2022
Em números absolutos, são 14 milhões de pessoas a mais passando fome no país, o contingente praticamente dobrou em dois anos. A porcentagem equivale a 15,5% da população brasileira em situação de insegurança alimentar grave. Segundo a PENSSAN, 125,2 milhões de brasileiros vivem com algum grau de insegurança alimentar, número que corresponde a mais da metade (58,7%) da população do país. Na comparação com 2020, a insegurança alimentar aumentou em 7,2%. Já em relação a 2018, o avanço chega a 60%.
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